sábado, 25 de abril de 2009


Registrando a execução das tarefas



Descrevendo o desenvolvimento das atividades

Estas atividades foram realizadas com uma menina surda com sídrome de Dow na primeira série do Ensino Fundamental de oito anos. Diante da dificuldade na área da coordenação motora fina demonstrada naquele momento, resolvi passar as atividades no caderno deixando para aluna a execução da terefa. Na oportunidade a cópia passou a ter um valor secundário.
Frente a dificuldade de reter novas informações, desenvolvi o trabalho de forma cumulativa. Cada informação e aprendizagem nova era adicionada a anterior de forma crescente garantindo a manutenção e contato com o que já havia sido trabalhado. Esta foi a forma que escolhi para evitar o esquecimento.
Tendo iniciado pela auto identificação e identidade (nome, gênero...) os vocabulários referentes a este tema deram origem as primeiras palavras para o início do trabalho.
As ações realizadas pela aluna e seu colega nos momentos lúdicos livre e orientado foram aproveitadas para a composição das primeiras frases. Um dos objetivos era proporcionar a constatação de que se pode registrar graficamente o que se faz, portanto salientar a função da escrita.
Partir da própria aluna e seu colega foi com a intenção de dar significado a aprendizagem e contextualizar o conteúdo.
Sabendo da importância do canal visual a ilustração foi anexada a escrita, mas sempre que possível primeiro foi feito o contato e a interação com o objeto e no segundo momento trabalho com a imagem. Fotografias e propagandas de supermercados foram utilizadas demonstrando a prioridade pela imagem real.
Aos poucos foram feitas cópias de frases dos pequenos textos do próprio caderno para que a dificuldade de coordenação visomotora não fosse um entrave. Percebi que a distância menor para ser visualizada e copiada era um aspecto facilitador.
Concomitante ao trabalho da escola era enviado tarefas semelhantes para casa como reforço.
































Algumas Atividades


domingo, 22 de março de 2009

Empinadores de pipas.

Recorro à imagem das pipas numa linda tarde de verão para, através da analogia, expressar minhas percepções após as experiências abaixo retratadas.
O que me chamou atenção?
Eram pipas com a mesma forma, presas num só barbante, conduzidas por uma mão e cada uma voando em diferentes alturas.
Foi a primeira vez que vi um vendedor de pipa empinando tantas ao mesmo tempo. A cena no céu me encantou de tal forma que não observei quem estava produzindo-a. Meu interesse foi registrar a imagem.
Ao finalizar a postagem das últimas fotos abaixo constatei que apenas ela seria suficiente para traduzir meus pensamentos.
No primeiro momento a tendência é considerar a surdez como causa das dificuldades de aprendizagem. Em outros momentos nos sentimos insatisfeitos com nossa formação profissional.
Buscamos nos recursos pedagógicos o apoio, mas parece que nunca são suficientes.
Através da participação em cursos, encontros e seminários buscamos complementação e atualização de conhecimento.
As teses atuais na área educacional reconhecem o surdo como uma pessoa capaz de aprender e desenvolver-se naturalmente como os ouvintes.
No convívio diário, nos libertando das amarras da deficiência, começamos a perceber a surdez como uma especificidade como tantas outras que podem identificar uma pessoa.
Retomando a imagem das pipas verificamos que são todas da mesma forma, mas de cores e estampas diferentes. Embora fixadas no mesmo barbante cada uma ocupava diferente espaço guiadas pela mesma mão.
Esta cena nos faz entender que são nas especificidades de cada um que precisamos focar nosso olhar de educador. São as especificidades que nos apontam os caminhos que devem ser seguidos e os que devem ser evitados.
Embora todas sejam crianças surdas não é possível ensiná-las e tratá-las da mesma forma.
Além da surdez existe um corpo físico, um organismo, personalidade, temperamento, registros construídos desde o período em que foram gestadas.
Estes múltiplos olhares nos permitirão ser a mão firme que segura o barbante para que cada um aprenda a viver e conquiste o seu espaço.
Não somos donos do tempo e do espaço. Não há mágica, nem receita.
Somos acima de tudo facilitadores. É preciso manter o olhar focado em cada criança para enxergar o que nos indicam.
Sejamos para nossas crianças a mão segura de um empinador de pipa. Dê a corda que cada uma necessita e deixe-a voar.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009


As fotos abaixo colocadas são para registrar e socializar um pouco do muito que foi feito e vivido com a classe infantil específica para surdos.
Esta cena das pipas no céu de Tramandaí,litoral norte do RS,a princípio foi fotograda sem nenhuma prtenção. Apenas achei bela.
Após pstar as imagens de meus alunos lembrei-me da foto fazendo uma analogia.
Assim como todas as pipas são da mesma forma,a surdez foi o critério usado para agrupar estas crianças.
Num olhar mais atento pecebi que as pipas se diferenciam nas estampas e nas cores. Também no convívio diário pude constatar que na verdade a falta de audição era o único aspecto de igualdade e a medida que os conhecia melhor maior eram as diferenças.
Uns chegaram com fraldas, mamadeira e bico, outros só com a mamadeira e o bico e outros só com o bico. Houve quem chorou para se separar dos pais e quem chorou porque não queria ir embora. Cada um explorou diferente o espaço físico, se apropiou de um lugar no grupo e criou os vínculos em diferentes tempo.
Ávidos de experiências e vivênvias cada um usufrui das oportunidades com seu jeito particuar.
Em muitos momentos fui a corda da pipa que mantinha-os unidos no mesmo ideal, mas respeitando a possibilidade de cada um alçar seu võo de acordo com suas possibiidades. E foi assim que aconteceu uns logo voaram alto, fizeram prontamente suas novas conquistas e outros um caminho mais lento.
Fui também a mão que orientou võo, que não os largou em nenhum momento enquanto precisavam. Síndrome, hiperatividade, deficiêcia mental leve e moderada,problemas com conduta, dificuldade visual... eram desafios que foram surgindo e que exigiam superação pessoal e profissional.
A medida superar alguns entraves no trabalho ou apenas aprendia a conviver com eles fui percebendo que aquela experiência estava me dando a oportunidade de ser educadora e não apenas uma transmissora de conhecimentos.Era minha responsabilidade o bom início da vida escolar daquelas crianças e sobretudo ajudá-las na difícil tarefa de incluir-se em todas as áreas da sociedade.
Muitas vezes senti-me,com elas,numa ilha. Em alguns momentos parecia que tudo o que havia aprendido não servia.
Lia que aprende-se escrever escrevendo,aprende-se ler lendo. Então resolvi que eles aprederiam viver vivendo. Começamos esta aventura bri

Entendendo a surdez como um aspecto os diferencia, mas não os incapacita vivemos intensamente todas as oportunidades e experiências.

Devido ao implante coclear Bibi precisou ausentar-se nos últimos dias de aula. Aproveitando a data de su aniversário(dezembro)fomos visitá-la em casa para levar o nosso abraço e uns mimos de presente. Bibi nos recebeu co muito carinho e um delicioso lanche.
Saber que tudo estava bem após a cirurgia nos deixou feliz. Compartilhar todos os momentos é uma aprendizagem social.

Duas professsoras estagiárias do curso de Educação Física da FACOS/Osório fizeram estágio conosco. Cada uma totalmente diferente no modo de ser e trabalhar enriqueceram muito o nosso trabalho.
Lú proporcionou as mais variadas experiências psicomotoras com atividades físicas.
Anelise(a da foto)fez um trabalho que extrpolou o que costumeiramente é feito. Integrou-se totalmente aos temas desenvolvidos e ampliou as experiências. Além das ativiades físicas fizeram bola de meia, pães...Concomitante com os vocabulários que estavam sendo trabalhados.

Tiveram acesso a todos os teatros proporcionados aos demais alunos surdo e ouvintes da escola.

Fundamental o contato com material alfabetiador de forma lúdica e incidental. Primeiro com sua língua natural LIBRAS(Língua Brasileira de Sinais)depois o português com segunda língua.

Um dia das mães diferente onde mães e filhos brincaram e se divertiram sem barreiras.

No princípio o manuseio livre dos mais variados materias para o exercício da criatividade e o manuseio do material até chegar ao trabalho orientado.

Os recursos foram colocados e acompanhando o desenvolvimento deles. Sempre coisas novas e/ou aumntando o nível de complexidade.

Também acompanaram o crescimento do feijão, o girrasol para ser cabelo no boneco de cabeça de meia, descoloriram folhas, observarm flores, receberam a visita do coelho na sala de aula...

Acesso a multimídia como computador,retrojetor, projetor de slide... enriqueceram as experiências e igualdade de oportunidade.

Com tanta proximidade o vínculo foi aumentando e a cumplicidade se solidificando.